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Arquitetos: SBE nv
- Ano: 2023
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Fotografias:Jorn Jansoone, Johnny Umans
Descrição enviada pela equipe de projeto. De Vlaamse Waterweg nv faz parte da administração flamenga. Seu principal objetivo é a manutenção de todas as vias navegáveis que atravessam a região, incluindo a área adjacente e a infraestrutura. Eles se esforçam para aumentar a qualidade e a atratividade, não apenas para o transporte aquático, mas também para a vida ao redor das vias navegáveis, aumentando o valor ecológico, a regulação da água, a mobilidade e as possibilidades de recreação.
Os caminhos paralelos a rios e canais são rotas geralmente muito usadas por ciclistas e pedestres, tanto recreativamente quanto funcionalmente. Para melhorar a funcionalidade desses caminhos, foi necessário uma conexão sobre o rio Lyss entre os municípios belgas de Wielsbeke e Waregem. A De Vlaamse Waterweg contratou a SBE para projetar uma ponte para ciclistas e pedestres que atravessa o rio de forma confortável, sem perturbar a paisagem do canal ou seu valor ecológico. A SBE, portanto, projetou uma ponte sóbria e prática que dialoga com o ambiente.
Foi escolhida uma rota em forma de "S" com base nos fluxos de tráfego existentes e nos pontos turísticos recreativos da região. Também foi decidido manter a ponte "dentro" das margens para que toda a estrutura possa permanecer nos limites do domínio público e os caminhos existentes não precisem ser desviados. A construção, portanto, segue em grande parte as linhas já formadas dentro da paisagem (fileiras de árvores - caminhos).
A estrutura sobre o rio é concebida como um arco de aço simétrico, que segue o diagrama inverso do momento de flexão e assim obtém uma forma lógica e orgânica que se encaixa na paisagem natural. Em ambas as margens, uma rampa reta de concreto conecta a ponte central aos caminhos adjacentes. Declives de terra nas margens também ancoram o conjunto no ambiente.
A ambição era conferir à ponte a aparência mais esbelta possível. Portanto, entre outras coisas, os pilares foram inclinados para fora para que se tenha mais espaço na altura sem precisar alargar a ponte e também para que certas linhas de sombra sejam geradas no exterior. Essa inclinação também está presente nas rampas de concreto e em combinação com seus pilares de concreto abaixo.
Ao trabalhar com três materiais, aço, concreto e a própria terra, foi possível obter uma expressividade dinâmica no projeto arquitetônico. E isso tanto na imagem geral da ponte quanto na experiência do usuário. O aterro nas margens confere a sensação de que a ponte está literalmente ancorada em seu ambiente. Em seguida, há a rampa de concreto em um movimento reto que permite a experienciação da ponte de aço como um verdadeiro protagonista. Uma vez na ponte de aço, segue-se a linha orgânica de baixo para cima e vice-versa, de modo que a experiência nela própria difere em cada ponto.